quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

I CONFECOM e a Pluralidade na Comunicação



Diversidade e pluralidade foram duas palavras que estiveram sempre presentes nas discussões realizadas nos três eixos e 15 grupos de trabalho da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que aconteceu em Brasília entre os dias 14 e 17 de dezembro de 2009. Foram aprovadas 532 propostas, 69 com mais de 80% de aprovação. "Na Plenária, 139 propostas foram à votação e boa parte delas tinha em sua redação a frase /'na perspectiva de gênero, raça, etnia e orientação sexual'/", lembra a feminista Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão: Comunicação e Mídia.

No grupo quatro, por exemplo, eixo temático que pretendia discutir temas ligados à produção de conteúdo, uma das propostas aprovadas foi /"Apoiar a produção de conteúdos na perspectiva de gênero, raça, etnia e orientação sexual"/. Outra proposta do mesmo grupo: /"Que a produção e veiculação de conteúdos, das emissoras de TV e rádio contemplem e respeitem a diversidade e a pluralidade de nossa sociedade: gênero, raça, etnia, cultura, orientação sexual, crianças, juventudes, idosos, pessoas com deficiência, crenças, classe social e outras"/.

"O desafio maior será agora aprofundar o que estamos falando sobre as perspectivas de gênero, orientação sexual e raça, uma vez que não houve um debate mais qualificado sobre essas questões", observa Jacira.

A promoção de concursos e campanhas a favor da diversidade religiosa, racial e sexual no âmbito das faculdades e universidades de Comunicação Social e nos meios de comunicação, e a veiculação de denúncias contra o racismo, intolerância religiosa, sexismo, lesbofobia, homofobia, transfobia, bifobia e machismo foram propostas do grupo de Trabalho 15, que discutiu o respeito e promoção da diversidade cultural, religiosa, étnico-racial, de gênero e orientação sexual, no eixo intitulado Cidadania, Direitos e Deveres.

Outro problema levantado pela especialista é o baixíssimo investimento em programas de televisão para crianças e adolescentes que tratem da discussão de gênero e da diversidade. "Ainda hoje em dia, 80% da informação recebida pela juventude vem através da televisão, e só a TV Cultura e a TV Brasil (TVs públicas) têm investido em programas infantis que considerem tais assuntos. O Brasil, a 11ª economia do planeta, ainda não olhou com seriedade para a educação de crianças de 0 a 6 anos", diz.


Fonte: notícias CLAM, Foto: google

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