sábado, 27 de março de 2010

Seminário Internacional discute saúde da população negra e indígena

























Aconteceu, de 23 a 26 de março de 2010, o I Seminário Internacional de Saúde da População Negra e Indígena, no Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador. A proposta conseguiu reunir gestores e profissionais de saúde, ativistas do movimento negro, estudantes e lideranças de terreiros, lideranças indígenas e pesquisadores para discutir as políticas de saúde para a população negra e para a população indígena.

O evento contou também com a presença de pesquisadores e lideranças internacionais que apresentaram experiências em saúde voltadas para a população negra e população indígena. É sempre bom lembrar que o racismo é um dos determinantes de condições de saúde da população e que os dados desagregados por cor é um importante instrumento para a formulação de políticas públicas para a população negra. Nesse sentido o censo de 2010 nas Américas certamente poderá ajudar aos formuladores de políticas na área de educação e saúde.


A abertura do evento contou com a presença de representantes da Prefeitura de Salvador, do Ministério da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, do Fundo de População das Nações Unidas, da Secretaria Municipal da Reparação, da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade.


Durante os três dias várias lideranças, gestores e pesquisadores discutiram diferentes aspectos da saúde da população negra e indígena, mostrando que o diálogo e ações de equidade em saúde são fundamentais para reduzir as desigualdades em saúde.

Fotos: Marmo

Racismo como determinante das condições de saúde foi tema de curso em Salvador



















Fundo de População das Nações Unidas promoveu curso para discutir racismo como determinantes das condições de saúde


Nos dias 23 e 24 de março, foi realizado em Salvador o curso Racismo como Determinante das Condições de Saúde: em busca da integralidade e equidade em saúde da população negra do Brasil em Salvador, que teve como coordenadora a Dra Fernanda Lopes do UNFPA. O curso fez parte das atividades que antecederam o I Seminário Internacional de Saúde da População negra e Indígena.


A conferência de abertura contou com a exposição da Dra Jurema Werrneck que faz parte do Conselho Nacional de Saúde e também é coordenadora de Criola. Jurema iniciou explicando que para entender o campo de saúde da população negra é importante conhecer os conceitos de racismo, interseccionalidade, universalidade e equidade . Logo depois complementou apresentando os princípios e conceitos como racismo institucional, disparidade racial, desigualdade, vulnerabilidade, tratamento desigual e iniqüidade. Jurema ressaltou que "o protagonismo de negros e negras na promoção da saúde é aniquilado com a terceirização. Os interesses privados são contrários ao enfrentamento do racismo e outras formas de hierarquização social".


A expositora Dra Dulce Maria Lima, professora da Faculdade de Medicina da USP apresentou o tema "Quando o isolamento dos fatores é impeditivo para a efetivação do direito". Dulce apresentou os resultados de uma pesquisa realizada em São Paulo e as mudanças estabelecidas pela entrada das Fundações de Direito Privado no gerenciamento da saúde em São Paulo e a não garantia dos conselhos de saúde por essas organizações, o que dificulta a participação popular em saúde contradizendo um dos princípios fundamentais do SUS. Dulce enfatizou que para promover integralidade e equidade, via atenção básica, a qualidade e a natureza da escuta dos sujeitos é fundamental", para quem as relações racializadas impedem a resolutividade do cuidado. "Temos dificuldade em preencher o quesito cor nos ambulatórios. A população tem dificuldade em se auto-declarar porque teme mais discriminação."


A Roda de Conversa contou com a participação de Celso Ricardo Monteiro, coordenador adjunto do Programa de DST/Aids da Prefeitura Municipal de São Paulo, Raquel Souzas, Instituto Multidisciplinar em Saúde da UFBA, campus Anísio Teixeira (Vitoria da Conquista/BA), José Marmo Silva, Secretário-executivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e Juliana Nunes, jornalista e integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal. A importância da tradição e da ancestralidade foi um dos temas discutidos na roda de conversa. Foram também discutidos aspectos importantes das religiões de matrizes africanas, como o acolhimento, a inclusão, o pertencimento ao grupo, a medicina tradicional, que faz com que os terreiros funcionem como espaços promotores de saúde e de preservaçao de práticas terapêuticas.


Logo depois foi realizado um painel de Intercâmbio de Saberes e Troca de Experiências com as expositoras: Fabiane Oliveira, projeto "Direito à Saúde das Mulheres e Centro de Promoção de Direitos das Mulheres Negras, Alaerte Leandro Martins, Rede de Mulheres Negras do Paraná e Elaine Soares, Rede Lai Lai Apejo – População Negra e Aids. Cada expositora mostrou o objetivo, as atividades e os resultados de experiências vivenciadas em saúde da população negra com enfoque nos direitos humanos.


As Comunicações Coordenadas foram apresentadas em 2 fases. A primeira fase contou com as presenças de Kelly Adriano Oliveira – Mulheres negras: corporeidade, identidade e saúde, Marco Antonio Guimaraes – Afrodescendência, subjetividades e pertencimento, Deivison Faustino - experiências do movimento negro em HIV/Aids. A segunda parte contou com Climene Camargo – O cotidiano da violência familiar na população negra: um estudo dos determinantes sociais, Quessia Paz Andrade – Desigualdades raciais no acesso de mulheres ao cuidado pré-natal e no parto , Elcimar Dias Pereira - Desejos polissêmicos: discursos de jovens mulheres negras sobre sexualidade


A palestra Comunicação para o enfrentamento ao racismo e promoção da saúde da população negra foi um dos pontos alto e teve como expositora a jornalista Rachel Quintiliano e ao final foram realizados exercícios práticos: informação e comunicação para o exercício do controle social em saúde da população negra tendo como facilitadoras Rachel Quintiliano e Juliana Nunes.

Na avaliacao do público presente o curso atendeu as expectativas e merece ser replicado em todo o país.

Fotos: Marmo

segunda-feira, 22 de março de 2010

Racismo na saúde é tema de curso em Salvador


O curso Racismo como Determinante das Condiçoes de Saúde: em busca da integralidade e equidade em saúde da população negra do Brasil acontece nos dias 23 e 24 de março de 2010 fazendo parte da programação que antecede o I Seminário Internacional de Saúde da População Negra e Indígena , no Hotel Bahia Othon em Ondina, Salvador-Bahia.

O evento tem como objetivo contribuir para a harmonização de conceitos e abordagens que orientam a atuação no campo de saúde da população negra no Brasil.

Confira a programação abaixo.

Dia 23 de março de 2010
Das 9h00 às 10h30 – Conferência: Principios e conceitos que orientam a atuação no campo da saúde da população negra no Brasil
Expositora: Jurema Werneck, Conselho Nacional de Saúde
Das 10h30 às 10h45 – intervalo
Das 10h45 às 12h45 – Palestra: Integralidade e equidade em saúde: quando o isolamento dos fatores é impeditivo para a efetivação dos direitos
Expositora: Dulce Maria Senna, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP
Comentarista: Luis Eduardo Batista, área técnica de saúde da população negra, Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo
Das 12h45 às 14h00 – intervalo para o almoço
Das 14h00 às 15h30 – Conversa Afiada: Saúde da população negra: um campo onde vários sujeitos políticos interagem
Coordenação: Fernanda Lopes, Fundo de População das Nações Unidas
Expositores/Expositoras:
Celso Ricardo Monteiro, coordenador adjunto do Programa de DST/Aids da Prefeitura Municipal de São Paulo
Raquel Souzas, Instituto Multidisciplinar em Saúde da UFBA, campus Anísio Teixeira (Vitoria da Conquista/BA)
José Marmo Silva, Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde
Juliana Nunes, Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial – DF
Deivison Faustino, Rede Nacional de Controle Social de Saúde da População Negra Das 15h30 às 15h45 – intervalo
Das 15h45 às 17h15 – Atividade em grupo: intercambio de saberes e troca de experiencias
Fabiane Oliveira, projeto "Direito à Saúde das Mulheres e Centro de Promoção de Direitos das Mulheres Negras.
Alaerte Leandro Martins, Rede de Mulheres Negras do Paraná
Elaine Soares, Rede Lai Lai Apejo – População Negra e Aids
Das 17h15 às 18h00 – discussão em plenária a partir dos relatos dos grupos

Dia 24 de março de 2010
Das 9h00 às 10h00 – Comunicação Coordenada 1: Produção de conhecimento científico: alinhando expectativas e ampliando possibilidades de acesso a informação
Kelly Adriano Oliveira – Mulheres negras: corporeidade, identidade e saúde
Marco Antonio Guimaraes – Afrodescendência, subjetividades e pertencimento
Liliane Bittencourt (a confirmar) – Quando a beleza é considerada fundamental – transtornos alimentares em mulheres negras
Das 10h00 às 10h30 – comentários e perguntas
Das 10h30 às 10h45 – intervalo
Das 10h45 às 11h45 – Comunicação Coordenada 2: Produção de conhecimento científico: alinhando expectativas e ampliando possibilidades de acesso a informação
Climene Camargo – O cotidiano da violência familiar na população negra: um estudo dos determinantes sociais
Quessia Paz Andrade – Desigualdades raciais no acesso de mulheres ao cuidado pré-natal e no parto
Elcimar Dias Pereira - Desejos polissêmicos: discursos de jovens mulheres negras sobre sexualidade
Das 11h45 às 12h15 – comentários e perguntas
Das 12h45 às 14h00 – intervalo para o almoço
Das 14h00 às 15h30 – Palestra: comunicação para o enfrentamento ao racismo e promoção da saúde da população negra
Expositora: Rachel Quintiliano
Das 15h30 às 15h45 - intervalo
Das 15h45 às 17h00 – Exercícios práticos: informação e comunicação para o exercício do controle social em saúde da população negra
Facilitadoras: Rachel Quintiliano e Juliana Nunes
Das 17h00 às 17h45 – apresentação dos resultados do trabalho de tradução 1
Das 17h45 às 18h00 – avaliação do curso

Foto: Google

quinta-feira, 18 de março de 2010

Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde reúne-se em Brasília



O Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde (CNEPS) do Ministério da Saúde realizou a segunda reunião de trabalho nos dias 15 e 16 de março de 2010 . A participação dos gestores/profissionais de saúde,das lideranças dos movimentos sociais e pesquisadores é fundamental para a proposta de construção compartilhada de uma Política Nacional de Educação Popular em Saúde.


No primeiro dia da reunião, pela manhã, a presença de Antonio Alves, Secretário da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, foi importante para escutar algumas demandas da sociedade civil, assim como organizar um calendário que possibilite dar conta da elaboração, e negociação da Política Nacional de Educação Popular e Saúde nos diversos espaços do Ministério da Saúde, aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde e posterior publicação e negociação na CIT/Comissão Intergestores da Tripartite.


Entre objetivos do CNEPS temos : - participar da formulação, bem como acompanhar a implementação e a avaliação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS; - colaborar com a elaboração de estratégias de mobilização, a fim de garantir a construção democrática e descentralizada da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS; - acompanhar os acordos negociados entre o Ministério da Saúde e os movimentos sociais referentes às práticas de Educação Popular em Saúde, - contribuir, por meio dos princípios da Educação Popular em Saúde, com a construção das bases pedagógicas para a transformação das práticas de educação em saúde desenvolvidas no SUS, fortalecendo a autonomia da população e a relação fraterna e solidária entre gestores, profissionais e usuários dos serviços de saúde.

O CNEPS é composto por órgãos do Ministério da Saúde, entidades e organizações não-governamentais.

Foto: Arquivo Osvaldo Bonetti

quarta-feira, 17 de março de 2010

Lançamentos marcam o Dia Internacional contra a Discriminação Racial


A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, entendendo a importancia de marcar o Dia Internacional Contra a Discriminacao Racial, convida para os seguintes lançamentos:




- Lançamento do Processo de Revisão e Atualização do Plano Estadual de Direitos Humanos
- Lançamento da Construção do I Plano Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
- Posse do Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados




Data: 22 de março de 2010, às 10 horas
Local: Plenário Evandro Lins e Silva –
Ordem dos Advogados do Brasil – OAB
Avenida Marechal Câmara, 150 – Centro – RJ - 4° andar

Foto: google

ANEPS realiza III Encontro Nacional em Goiânia



III ENCONTRO NACIONAL DA ANEPS e I ENCONTRO NACIONAL DE PRÁTICAS POPULARES DE SAÚDE

Data: 28 de junho a 01 de julho 2010

Local: Centro Pastoral Dom Fernando - Goiânia – GO

Tema Central: Projeto Popular para o Brasil e seus Desafios: Saude como Direito

SUB-TEMAS

1. SAÚDE, PODER E SOLIDARIEDADE ENTRE POVOS: PRÁTICAS E EXPERIÊNCIAS POPULARES EM SAÚDE.

2. A LUTA PELA SAÚDE COMO DIREITO DOS POVOS.

3. PRÁTICAS EDUCATIVAS, PRÁTICAS POPULARES DE CUIDADOS E PRODUÇÃO DA SAÚDE.

4. HISTÓRIA, CULTURA E MOVIMENTOS SOCIAIS: A EXPERIÊNCIA DA ANEPS

OBJETIVO GERAL
Articular sujeitos envolvidos com movimentos e práticas de educação popular em saúde para contribuir com a construção do Projeto Popular
para o BRASIL, frente aos desafios de efetivar a Saúde enquanto Direito.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Refletir sobre as questões da Saúde, Poder e Solidariedade entre Povos, na perspectiva das Práticas e Experiências Populares em Saúde.

2. Fortalecer a luta pela saúde como direito dos povos.

3. Formular estratégias de ampliação das práticas educativas que considerem as práticas populares de cuidados na produção da saúde.

4. Gerar um processo de diálogo com os sujeitos e movimentos vinculados a Educação Popular e as instituições públicas sobre o processo histórico e cultura dos movimentos sociais e populares que fomentaram a experiência da Aneps.

5. Fortalecer o processo de articulação e pactuação da Aneps para a formulação de propostas e atividades para os próximos anos, na perspectiva da efetivação e fortalecimento do Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde.

I Simpósio População Negra na Ciência e Tecnologia






População negra na ciência e tecnologia é tema de Simpósio



Estão abertas até 26 de março as inscrições para o I Simpósio A População Negra na Ciência e Tecnologia, que será realizado de 6 a 8 de abril no campus Pirassununga da Universidade de São Paulo (USP). Serão selecionados doze trabalhos de graduação, mestrado e doutorado das áreas de Ciências da Terra, Exatas, Humanas e Biológicas.



Por meio da divulgação de pesquisas científicas voltadas para a promoção do desenvolvimento e da equidade social, o objetivo do Simpósio é incentivar a reflexão sobre a participação da população negra no universo acadêmico e apontar ações para o futuro da população negra no cenário cientifico e tecnológico brasileiro.



Além da apresentação de trabalhos científicos, serão realizadas mesas redondas e palestras, com participação gratuita e aberta aos interessados. As inscrições devem ser feitas pela Internet, pelo endereço eletrônico http://www.usp.br/lafac/simposio/ O evento é uma parceria da USP e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).



Foto: google

sexta-feira, 12 de março de 2010


Brasil e África querem campanha antirracismo na Copa do Mundo


Por Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil


A cem dias do começo da Copa do Mundo de Futebol que ocorrerá na África do Sul, o Brasil se junta aos países africanos e propõe ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) a adoção de uma campanha mundial contra manifestações racistas no futebol e em outros esportes, seja entre atletas ou torcedores.


A proposta da campanha foi feita hoje (2) na Suíça pelo ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH). Vannuchi que discursou na 13ª sessão anual do conselho que é o principal fórum intergovernamental da ONU para questões ligadas aos direitos humanos.


A expectativa de Vannuchi é que a campanha intitulada Um mundo de esportes livre do racismo e da descriminação, seja aprovada por todas as delegações internacionais que participam da sessão anual no Palácio das Nações, em Genebra, até o dia 26 de março.


"Infelizmente é no futebol que muitas vezes a manifestação do racismo acontece", disse Vannuchi, em entrevista à Voz do Brasil . O ministro, no entanto, avalia que os esportes têm grande potencial de conscientização.


A campanha prevê que atletas e equipes façam declarações e divulguem mensagens, em faixas por exemplo, contra o racismo. "Isso vai formando uma compreensão no âmbito da família humana", idealizou Vannuchi.


Além da campanha educativa, a proposta do Brasil e da África prevê que as associações internacionais de cada modalidade esportiva adotem formas de punição contra eventuais manifestações de racismo.


O ministro alertou que a crise financeira mundial tem servido de "desculpa" para manifestações racistas. "Facilita o trabalho dos racistas que começam a dizer que os empregos estão sendo disputados".


Para Vannuchi, "o mundo dos direitos humanos é um mundo que não pode ter aversão ou horror à participação de migrantes. Os direitos humanos devem ser a soma, a união, a parceria entre muitas culturas diferentes".


Além da campanha contra o racismo, Vannuchi manifestou a posição do Brasil de que as Nações Unidas adotem um tratado em favor do direito de pessoas idosos. "A ausência do tratado é uma grave lacuna. É preciso fechar essa lacuna tendo em vista as consequências do envelhecimento da população", aconselhou durante o discurso.


Vannuchi também tratou da terceira edição do Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH 3) e agradeceu o apoio ao programa da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay.


http://www.agenciabrasil.gov.br


Cebes realiza o Seminário Determinação Social da Saúde e Reforma Sanitária

O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) realiza o Seminário Determinação Social da Saúde e Reforma Sanitária, nos dias 19 e 20 de março, no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Os estudiosos dessa temática no Brasil vêm chamando a atenção para a necessidade de incorporar concepções que advêm de outras correntes sociológicas e filosóficas, paralelamente ao marxismo. Tais abordagens, quando assumem um posicionamento crítico ao capitalismo globalizado, podem contribuir para o aprimoramento do conhecimento da determinação social da saúde e dos conceitos de saúde e doença, ainda muito influenciados pelas ciências naturais e pela epidemiologia tradicional.

PROGRAMAÇÃO:

Dia 19 – Sexta-feira

Manhã
9:00 Abertura

9:30 às 10:30
Conferência: Desigualdades em saúde
Naomar de Almeida Filho – Universidade Federal da Bahia/CEBES

10:30 às 13:30
Mesa I: Trabalho, modos de viver e adoecimento
Silvia Tamez – ALAMES
Madel Luz – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Mario Rovere – ALAMES
Paulo Fleury – Universidade Federal de Minas Gerais
Debatedor: Volnei Garrafa – CEBES/Universidade de Brasília
Coordenador: Jairnilson Silva Paim – CEBES/Universidade Federal da Bahia

13:30 às 14:30 – Almoço

Tarde
14:30 às 17:30
Mesa II: Saberes e práticas populares e profissionais no enfrentamento dos determinantes da saúde e da doença
Maria Waldenez de Oliveira – Universidade Federal de São Carlos
José Marmo – Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde
Ruben Mattos – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rodrigo Cariri – Universidade Federal da Paraíba
Debatedor: Marcio Pereira ¬– Universidade de Brasília
Coordenação: Eymard Mourão Vasconcelos – CEBES/Universidade Federal da Paraíba

Dia 20 - Sábado

Manhã
9:00 às 10:00
Conferência: "Las tres "s" de la determinación de la vida y el triángulo de la política - Resiliencia del pensamiento crítico en la salud colectiva
Jaime Breilh - Universidad Andina Simón Bolívar - Equador

10:00 às 13:00
Mesa III: Concepções do saudável e do doentio
Roberto Passos Nogueira – CEBES/IPEA
Lígia Vieira – Universidade Federal da Bahia
José Rubens Bonfim – Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos
Luiz David Castiel – Escola Nacional de Saúde Pública
Debatedor: Ricardo Ayres – Universidade de São Paulo
Coordenação: Ana Costa – CEBES/Ministério da Saúde

13:00 às 14:00 - Almoço

Tarde
14:00 às 17:00
Oficina de trabalho: Determinação social da saúde e reforma sanitária hoje

17:00 – 17:30 - Encerramento

segunda-feira, 8 de março de 2010

Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde saúda todas as mulheres de terreiro nesse 08 de março



Para todas as mulheres de axé


A participação das mulheres de terreiro (mulheres de axé) no cenário político nacional vem de longos anos e faz parte de um legado deixado por mulheres como Mãe Aninha do Ilê Axé Opô Afonjá, Mãe Senhora, Mãe Andressa da Casa das Minas(Maranhão), Tia Ciata no Rio de Janeiro, Mae Menininha do Gantois, Mãe Badia de Pernambuco, Mãe Malvina de Florianóplis, Mãe Mirinha do Portão, Mae Biu, e muitas outras que lutaram pela preservação da tradição religiosa afro-brasileira,


Citando um bom exemplo do agir político combinado com a preservação da tradição podemos citar a vinda de Mãe Aninha, do Ilê Axé Opô Afonjá da Bahia, para o Rio de Janeiro com a finalidade de conversar com o Presidente Getulio Vargas sobre a liberação dos cultos afro. Outro exemplo é o da baiana Hilária Batista de Almeida, mais conhecida como Tia Ciata, que teve importante papel no cenário politico-cultural do Rio de Janeiro, na área denomidada por Heitor dos Prazeres de Pequena África no Rio de Janeiro, região que se estendia da zona do cais do porto até a cidade nova em torno da Praça Onze.


Contrapondo-se a história que nos é repassada nas escolas verificamos que a presença das mulheres de axé em fóruns ou espaços de decisões políticas, assim como em eventos culturais e religiosos continua perpetuando-se ainda hoje, como podemos vivenciar nos exemplos de Mãe Stella de Oxossi(Salvador), Mae Olga do Alaketu(Salvador), Tia Deni da Casa das Minas, Makota Valdina(Salvador), Mãe Beata de Iemanjá(Rio de Janeiro), Ekédi Sinha(Salvador), Mãe Meninazinha da Oxum(Rio de Janeiro), Mãe Nitinha de Oxum(Rio de Janeiro), Mãe Edelzuita de Oxalá, Mãe Elzita do maranhão, Mae Norinha(Porto Alegre), Mae Amara Mendes(Recife), Mãe Jane de Oya(Recife), entre tantas outras mulheres desconhecidas que lutam para que o sonho das suas comunidades se transformem em realidade.


Entendemos que a história e vivências das mulheres da tradição religiosa afro-brasileira, com suas visões de mundo integradora, onde as iniciativas sociais e religiosas se emolduram em cenários políticos merecem atenção especial e registro em nossas memórias pois todas elas conseguiram construir respostas positivas em um mundo adverso onde as diferenças se tornaram desigualdades, sejam elas de gênero, de classe, racial e religiosa.


Reconhecendo a importância político-religiosa das mulheres de axé, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde saúda todas as mulheres de terreiros nesse dia 08 de março.
Saúde para todas as mulheres de axé.


Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

segunda-feira, 1 de março de 2010

Seminario em Bragança Paulista discute saude da população de terreiros



Bragança Paulista sediará o V Seminário Paulista da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde


Por ocasião do Dia Mundial para Eliminação da Discriminação Racial, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – Núcleo Estado de São Paulo e o GVTR/Grupo de Valorização do Trabalho em Rede, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Bragança Paulista realiza o V Seminário Paulista da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

O objetivo do evento é discutir o monitoramento e avaliação das políticas públicas de saúde no Brasil, no Estado de São Paulo e municípios, considerando a importância das práticas, saberes, valores e princípios das religiões afro-brasileiras para a atenção, promoção e humanização da saúde, e a importância dos recortes de gênero, cor/raça e etnia para a implementação da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da População Negra.

O evento acontecerá dia 21 de Março, entre 08h e 17h, na Diretoria de Ensino, Centro de Bragança Paulista. As inscrições devem ser enviadas até o dia 15 de Março de 2010 em formulário próprio do evento aos cuidados da Comissão Organizadora ao correio virtual: gvtr_secretaria@terra.com.br

III Encontro Nacional de Comitês de Ética em Pesquisa



O Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), realizará, entre os dias 17 e 19 de junho, em São Paulo, o III Encontro Nacional de Comitês de Ética em Pesquisa – III Encep, que tratará do tema "A rede social de proteção de sujeitos de pesquisa: desafios para o Controle Social".

O ENCEP é uma oportunidade única de trocas de experiências entre os mais de 600 comitês de ética, sendo que desde a última edição são destinadas vagas específicas para a participação das representações de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que atuam nos CEPs. A intenção é reafirmar o papel dos comitês de ética em pesquisa como instâncias de controle social na área da saúde.

As inscrições para o III Encontro Nacional de Comitês de Ética em Pesquisa vão até o dia 15 de maio e serão oferecidas duas vagas para cada CEP, sendo que uma deverá ser, necessariamente, do (a) representante dos usuários no CEP.

O Conselho Nacional de Saúde ficará responsável pelas despesas com alimentação para todos os participantes e pela hospedagem para a representação dos usuários. Já os gastos com passagem e traslado ficam por conta de cada CEP.

Mais informações pelo email conep@saude.gov.br

Fonte: Conselho Nacional de Saúde