sábado, 23 de julho de 2011

Movimento Negro realiza encontro de lideranças negras rumo a XIV Conferência Nacional de Saúde

I Encontro Nacional de Lideranças Negras rumo a XIV Conferência Nacional de Saúde


Dentre o conjunto de vulnerabilidades vividas por mulheres e homens negros de diferentes faixas etárias e localização geográfica está aquela conferida pela presença do racismo. A vigência do racismo enquanto ideologia (ou seja, presente para além das opiniões ou vontades pessoais) produz um quadro de desigualdade que requer profundos esforços para seu enfrentamento e solução. E, além, produz disparidades que se refletem no acesso ao Sistema Único de Saúde e na qualidade dos serviços prestados. E principalmente, produz quadros de morbi-mortalidade mais intensos na população negra, quando comparados â situação da população branca.


As publicações do IPEA mostram que os mecanismos de discriminação racial no Brasil, não apenas influenciam na distribuição de lugares e oportunidades mas reforçam também a composição racial da pobreza, e vai mais longe dizendo que “o racismo, o preconceito e a discriminação operam sobre a naturalização da pobreza, ao mesmo tempo em que a pobreza opera sobre a naturalização do racismo, exercendo uma importante influência no que tange à situação do negro no Brasil”.



Em relação ao campo da saúde podemos verificar que as desigualdades étnico-raciais persistem colocando a população negra em situação de desvantagem seja no acesso ao Sistema Único de Saúde, seja na resolutividade dos problemas de saúde. Daí a importância da participação da população negra nos espaços de controle social de políticas públicas para a garantia da não violação de direitos a  saúde e dos princípios do SUS.



O Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2009-2010 aponta a persistência e até agravamento da desigualdade entre negros e pardos, de um lado, e brancos, de outro, o que demonstra a necessidade de políticas para reduzir as iniquidades em nosso país.

Com o objetivo de fortalecer e ampliar a participação das lideranças e ativistas do movimento negro no processo das Conferências de Saúde em 2011 e no monitoramento da implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra nos estados e municípios, as redes negras que desenvolvem ações me saúde vão realizar em setembro de 2011, na cidade do Rio de Janeiro, o I Encontro Nacional de Lideranças Negras rumo a XIV Conferência Nacional de Saúde.

Caso voce seja do movimento negro e tenha sido eleito delegado na Conferência Municipal de Saúde de sua cidade não deixe de participar. Entre em contato com o grupo articulador do encontro pelo e-mail: semireligafro2007@yahoo.com.br

 
Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra,
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e  Saúde,
Rede Lai Lai Apejo: População Negra e Aids,
Rede Sapata: Rede Nacional de Promoção e Controle Social em Saúde das Lésbicas Negras,
Articulação de Mulheres Negras Brasileiras 

Foto: google

Artigo mostra que o risco relativo de homicídios cresce na população negra

Vitimização por homicídios segundo características de raça no Brasil


Com o objetivo de descrever a tendência temporal da mortalidade por homicídio no Brasil e utilizando o estudo de série temporal dos homicídios no Brasil de 2000 a 2009, acrescentando também a cor e o sexo  da  mortalidae  e as variáveis explicativas raça/cor, sexo e escolaridade, o artigo de Adauto Martins Filho do Departamento de Análise da Situação de Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde traça um panorama de mortes por homicídio onde a juventude negra está em desvantagem em relação a juventude branca, apesar dos esforços das campanhas de desarmamento no país e das ações em prol de uma cultura de paz.


Segundo Adauto, os óbitos foram provenientes do Sistema de Informações de Mortalidade. A análise de tendência foi realizada por meio de regressão polinomial para séries históricas (p < 0,05; intervalo de 95% de confiança).


O artigo apresenta como resultados que a pulação negra representou 69% das vítimas de homicídios em 2009. O número de homicídios aumentou entre a população negra e diminuiu entre a branca, com tendência de crescimento da taxa nos negros e de redução nos brancos no período. As taxas aumentaram nos grupos de maior e menor escolaridade entre negros, enquanto, entre brancos, reduziram para os de menor nível escolar e mantiveram-se estáveis no grupo com maior nível de escolaridade. Em 2009 negros tiveram maior risco de morte por homicídios do que a população branca, independentemente do nível de escolaridade. Entre 2004 e 2009, as taxas de homicídios na população branca diminuíram e aumentaram na negra.


Conclusões:  O risco relativo de homicídios cresce na população negra, sugerindo o aumento das desigualdades. A repercussão das medidas antiarmas no Brasil, implantada em 2004, foi positiva na população branca e discreta na população negra. Raça/cor pode predizer a ocorrência de homicídio.

Veja o artigo na íntegra em Vitimização por homicídios segundo características de raça no Brasil.
Rev. Saúde Pública vol.45 no.4 São Paulo ago. 2011 Epub 01-Jul-2011




http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000400015&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
Foto: google

Pesquisa do IBGE: cor ou raça influencia na vida

Para 63,7% dos brasileiros, cor ou raça influencia na vida, aponta IBGE



Pesquisa ouviu 15 mil famílias em cinco estados, mais DF, em 2008.


Para 71% dos entrevistados, cor ou raça tem influência no trabalho.


Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (22), aponta que 63,7% dos brasileiros entrevistados acreditam que a cor ou raça influencia na vida. O estudo “Pesquisa das Características Étnico-Raciais da População: um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça” coletou informações em 2008, em uma amostra de cerca de 15 mil residências realizada em cinco estados e no Distrito Federal.


Jovens negros morrem mais por violência do que brancos, diz Ipea


Desemprego fica em 6,2% em junho, mostra IBGE


Brasil tem 16,27 milhões de pessoas em extrema pobreza, diz governo


Entre as unidades pesquisadas, o maior percentual de pessoas que acredita que a raça ou a cor influencia na vida foi registrado no Distrito Federal (77%) e o menor no Amazonas (54,8%).

As mulheres apresentam percentual maior do que os homens: 66,8% delas disseram que a cor ou raça influenciava, contra 60,2% deles. Quando se analisa o quadro por idades, os maiores percentuais de resposta afirmativa ficam com os jovens com idades dentre 25 e 39 anos (67,8%), seguidos por pessoas na faixa etária de 15 a 24 anos (67,2%).


Os dois grupos se alternam na liderança desse quesito em todos os estados, mas no Distrito Federal há destaque para o grupo com idades entre 40 e 59 anos, que corresponde a 79,5%.


Cor ou raça influencia na vida?


Estado Sim Não Não sabe


Amazonas 54,8% 38,6% 2,8%


Paraíba 63% 30,7% 6,3%


São Paulo 65,4% 32,2% 2,5%


Rio Grande do Sul 57,9% 39,7% 2,4%


Mato Grosso 59,6% 36,8% 3,5%


Distrito Federal 77% 22,7% 0,4%


Total 63,7% 33,5% 2,8%


Fonte: IBGE






Influência no trabalho
Entre as situações nas quais a cor ou raça tem maior influência, o trabalho aparece em primeiro lugar entre pessoas entrevistadas, com 71% das respostas, aponta o IBGE.


Logo em seguida, os brasileiros apontaram que a cor e raça interferem "na relação com a justiça ou a polícia", citada por 68,3% dos entrevistados. Para 65%, estes fatores também interferem no convívio social; e para 59,3%, cor e raça são fatores que atuam na maneira das pessoas agirem nas escolas.


Dos entrevistados, 96% afirmam saber a própria cor ou raça. As cinco categorias de classificação do IBGE (branca, preta, parda, amarela e indígena), além dos termos “morena” e “negra”, foram utilizadas pelos entrevistados.


A maioria dos brasileiros respondeu ao IBGE que o fator preponderante para identificar sua cor ou raça é “a cor da pele” – foi o argumento de 74% dos entrevistados. Mas 62% deles d isseram que a origem familiar também é analisada; e, para 54%, traços físicos também atuam na formação da raça.


Estudo inédito
“A importância muito grande deste estudo é que ele é inédito. O IBGE jamais tinha indagado este aspecto sobre a influência na vida das pessoas. Normalmente fizemos pesquisas concretas, sobre renda, saneamento. Agora, fizemos a pessoa refletir sobre um sentimento”, diz ao G1 Ana Sabóia, chefe da Divisão de Indicadores do IBGE e coordenadora-geral da pesquisa.


O Distrito Federal se destacou no levantamento com os maiores percentuais de percepção da influência da cor ou raça em quase todas as situações citadas. Para os moradores de lá, cor e raça atuam no trabalho (86,2%), na relação com justiça/polícia (74,1%), no convívio social (78,1%), na escola (71,4%) e também nas repartições públicas (68,3%). Apenas em “casamento”, a Paraíba ficou com 49,5% cont ra 48,1% do Distrito Federal.


Ana atribuiu esse resultado ao “maior nível de escolaridade da população do Distrito Federal, quando as pessoas têm maior facilidade em responder a este nível de pergunta”.


Própria cor
Entre os destaques está o dado de que 96% dos brasileiros entrevistados afirmam que saberiam fazer sua autoclassificação no que diz respeito a sua cor ou raça. Para Ana, isso mostra que “as pessoas sabem dizer a sua cor, não tem mais este mito”.



Segundo a pesquisadora, os dados não podem dizer se o brasileiro acredita que há preconceito pela cor ou raça. “Não se pode afirmar isso. A pergunta foi direta, se a cor ou a raça influencia na vida. A gente não perguntou se isso era positivamente ou negativamente”, afirma.

Foto: google
Fonte: IBGE

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Veja como voce pode ficar informado sobre os gastos da verba pública pela internet

As notícias de escândalos de corrupção no Brasil não são novidade. O que poucos sabem é que o acesso a informações de gastos com a verba pública está disponível para a população em geral.

Diversos sites – inclusive os oficiais – ajudam o eleitor a fiscalizar minuciosamente os orçamentos de cada órgão e acompanhar as ações dos políticos. Com essas ferramentas, fica fácil descobrir quando um deputado federal pagar caro num restaurante e manda a conta para a Câmara.


Veja a lista de sites abaixo:

Amarribo: Atua na promoção da cultura da probidade e na fiscalização de gastos públicos, além de disponibilizar informações para a formação de ONGs fiscalizadoras de prefeituras e câmaras municipais em todo o Brasil.


Às Claras: Projeto da ONG Transparência Brasil que permite saber quem financia quem nas campanhas políticas, com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Contas Abertas: Acompanhamento dos gastos públicos de todos os poderes. O portal oferece cursos online gratuitos sobre execução orçamentária e disponibiliza dados das transferências feitas pela União para Estados e municípios.


Controladoria Geral da União: O cidadão pode verificar os relatórios de fiscalizações de municípios e irregularidades sobre a transferência de verbas.


Copa Transparente: Portal criado pelo Senado para fiscalizar a Copa do Mundo de Futebol 2014.


ONG Transparência Brasil: O site carrega o histórico dos governadores e parlamentares brasileiros no Congresso Nacional, assembleias estaduais, câmaras das capitais. Ainda é possível ler matérias sobre corrupção nos jornais.


Portal da Transparência do Senado: Dados e informações detalhados sobre a gestão administrativa e a execução orçamentária e financeira do Senado Federal.


Portal Transparência da Câmara dos Deputados: Portal da Câmara dos Deputados dá a oportunidade aos eleitores fiscalizarem os gastos e atuação de cada parlamentar.


Portal Transparência: Por meio do portal é possível consultar detalhadamente todos oconvênios firmados pelas prefeituras e governos estaduais com a União. A atualização dos dados é diária.


Siga Brasil: Sistema de informações que permite acesso a diversas bases de dados sobre planos e orçamentos públicos federais.


Tribunal de Contas da União: O cidadão tem acesso a todos os cidados nos processos em tramitação na Justiça.


Tribunal Superior Eleitoral: Prestações de contas de todos os candidatos desde as eleições de 2000.


Vote na Web: Possibilita inteiração e opinião dos internautas sobre os projetos de lei que estão sendo votados no Congresso Nacional.

Fonte: google
Foto: google

Fundação Mapfre oferece bolsas para pesquisa na área de saúde



Instituição sediada na Espanha aceita inscrições até o dia 10 de outubro. Sao 45 vagas exclusivamente para bolsistas de países ibero-americanos.
A Fundacao Mapfre, com sede na Espanha, abriu inscrições, ate o dia 10 de outubro, para interessados em bolsas de pesquisa na area da saude. Ao todo são oferecidas 45 vagas exclusivamente para pesquisadores ibero-americanos. Serão concedidas bolsas para projetos de pesquisas sobre cirurgia ortopédica, traumatologia e reabilitação, cérebro e medula espinhal (excluindo doenças neurodegenerativas), avaliaçao do dano corporal, gestão de saúde, qualidade e segurança clinica e promoção da saúde.


Os candidatos devem ter concluido a graduação e estar regularmente matriculados em programas de mestrado ou doutorado em universidades de países ibero-americanos.


Os autores das propostas aprovadas receberão bolsas no valor de até 15 mil euros. O dinheiro devera ser investido exclusivamente para a realização das pesquisas.


Mais informações: http://www.mapfre.com/

Desenho: Google

Teereiro da Casa Branca sedia Oficina sobre Promoção da Equidade e da Saúde

Oficina discute saúde e territórios saudáveis



Formação da Rede Lusófona de Territórios Sustentáveis, Promoção da Equidade e da Saúde. Este é o objetivo da oficina internacional de trabalho, de mesmo nome, que acontece no dia 10 de agosto, no terreiro Terreiro da Casa Branca, em paralelo ao XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais, que acontecerá em Salvador (BA).

A oficina pretende reunir pesquisadores e gestores de saúde e de áreas correlatas, do Brasil, Portugal e diversos países africanos, a fim de promover trocas de saberes e de experiências sobre determinantes sociais da saúde, desenvolvimento sustentável e equidade em territórios vulneráveis. A intenção é que sejam pactuadas estratégias para estruturação de uma rede cooperativa para integração de agendas sociais e governamentais ligadas a estes temas. Trinta vagas estão sendo oferecidas. Os interessados em participar podem se inscrever no local da oficina. A taxa de participação é de R$ 25,00 (incluindo um almoço regional).

O evento terá início às 8h com uma visita guiada pelo terreiro da Casa Branca. Em seguida, às 9h, acontecerá um debate sobre o tema “Experiência de Redes Cooperativas de Promoção de Promoção de Saúde”. À tarde, a partir das 14h, acontecerá uma plenária sobre “Desafios e estratégias para implantação e gestão da rede cooperativa para desenvolvimento sustentável, a promoção da equidade e da saúde em territórios vulneráveis”.

A promoção da oficina é da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)/MS; do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Centro de Estudos das Migrações e das relações Interculturais, Universidade Aberta, Portugal.


Informações pelo e-mail: oficinas.territoriossustentaveis@gmail.com

Seminário na ENSP sobre determinantes sociais em saúde

Seminário preparatório para a Conferência Mundial de Determinantes Sociais da Saúde 2011


O seminário é uma atividade preparatória para a Conferência Mundial de Determinantes Sociais da Saúde 2011, que será realizada no Rio de Janeiro, de 19 a 21 de outubro. O objetivo do evento é apresentar diferentes pontos de vista sobre um determinado tema.

Instituição: Centro de Estudos, Políticas e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde /ENSP/Fiocruz
Local: Auditório térreo da ENSP, a partir das 9 horas
Período: 05/08/2011 a 05/08/2011

Informações: A atividade contará com cinco sessões tratando dos cinco temas da conferência referenciados à realidade brasileira. Dentre os temas estão: Ação Intersetorial para o combate às iniquidades em saúde; O papel do setor saúde na promoção da equidade; Participação Social em políticas de promoção da equidade; Medição e monitoramento das iniquidades em saúde, e Ação e cooperação internacional em saúde.

O evento é restrito a convidados, que receberam uma senha para realizar a inscrição através do Portal da CMDSS, porém, todos os interessados podem assistir a transmissão integral no Portal ou no salão internacional da ENSP, que também transmitirá integralmente o seminário para os interessados em participar

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Desigualdades no acesso a cirurgias de transplantes, veja para quem voce está doando seus orgãos



Homens brancos são maioria dos transplantados. Negros e mulheres têm menos acesso a cirurgias, segundo Ipea


Estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os efeitos das desigualdades sociais brasileiras se estendem às cirurgias de transplantes de órgãos como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão. A maioria dos transplantados são homens da cor branca.

Saúde - Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil


Brasília – Estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os efeitos das desigualdades sociais brasileiras se estendem às cirurgias de transplantes de órgãos como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão. A maioria dos transplantados são homens da cor branca.

De acordo com o estudo, de quatro receptores de coração, três são homens; e 56% dos transplantados tem a cor de pele branca. No transplante de fígado; 63% dos receptores são homens e 37% mulheres. De cada dez transplantes de fígado, oito são para pessoas brancas.

Segundo a análise do Ipea, homens e mulheres são igualmente atendidos nos transplantes de pâncreas; mas 93% dos atendidos são brancos. A maioria absoluta de receptores de pulmão também são homens (65%) e pessoas brancas (77%). O mesmo fenômeno ocorre com o transplante de rim: 61% dos receptores são homens; 69% das pessoas atendidas têm pele clara.

“Verificamos que o conjunto de desigualdades brasileiras acaba chegando no último estágio de medicina”, aponta o economista Alexandre Marinho, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, um dos autores da pesquisa. Ele e outras duas pesquisadoras analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

O economista não estudou as causas do fenômeno, mas disse à Agência Brasil que a preparação para o transplante pode explicar as razões da desigualdade. Para fazer a cirurgia de transplante, o receptor deve estar apto: eventualmente mudar a alimentação, tomar medicamentos e fazer exames clínicos – procedimentos de atenção básica.

Segundo Marinho, quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) - cerca de três quatros da população brasileira - sai em desvantagem, porque tem dificuldade para receber remédios, fazer consultas e exames clínicos. “A situação onera quem tem menos condições de buscar alternativas.”

“O sistema é desigual na ponta [cirurgia de alta complexidade] porque é desigual na entrada”, assinala o economista, ao dizer que quando o SUS tem excelência no atendimento o acesso não é para todos: “Na hora que funciona, quem se apropria são as pessoas mais bem posicionadas socialmente”.

Conforme Marinho, os planos de saúde são resistentes a autorizar procedimentos de alta complexidade, como as cirurgias de transplantes, por causa dos custos. “Os hospitais privados preferem atender por meio do SUS porque sabe que paga”.

O estudo sobre a desigualdade de transplantes de órgãos está disponível no site do Ipea. Segundo Marinho, o documento foi postado ontem (7) e ainda não é do conhecimento do Ministério da Saúde. De acordo com os dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), há 1.376 equipes médicas autorizadas a realizar transplantes em 25 estados brasileiros (548 hospitais).


Edição: João Carlos Rodrigues
Agência Brasil - EBC

terça-feira, 5 de julho de 2011

I Encontro Nordestino das Mulheres de Terreiro

A ÉTICA ANCESTRAL DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA E AFROBRASILEIRA, SAÚDE E SUTENTABILIDADE AMBIENTAL


Programação
QUARTA FEIRA, 20 DE JULHO
08h - Início das Inscrições e entrega de material
09h - Abertura Religiosa
Iyakekerê Maria Helena Mendes Sampaio

Adúrà, Orin-Ancestralidade – Ìyálòrìsàs / Orin Òrìsàs Èsù, Ògún, Ode e Òsányìn Bábàlòrìsàs e Corte de Ogãns de Pernambuco.


09h30 – 10h - Abertura Política do Encontro
Coordenadora: Ìyábassé Vera Baroni, Ebomi Lourdinha de Oyá
10h – 11h 1ª Mesa Redonda
A ÉTICA ANCESTRAL DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA E AFROBRASILEIRA
Expositora: Dra. Denise Botelho
Coordenadora: Ebomi Ceiça Axé e Omorisá Ester Monteiro
11h – 11h10 – Intervalo para Café
11h10 – 12h – Fala Aberta e Esclarecimentos
12h30 – 14h - Almoço
14h – 15h 2ª Mesa Redonda
SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA, ENFRENTAMENTO À FEMINIZAÇÃO DO HIV/AIDS E A 14ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
Palestrante: Dra. Jurema Werneck (Coordenadora Geral da 14ª Conferência Nacional de Saúde)
Debatedoras: Miranete Arruda - SMS/Recife, Sony Santos - SMS/Olinda, Teresa Campos - SES/PE
Coordenadora: Ìyálòrìsàs Mãe Lúcia de Oyá e Mãe Pequena Liliana da Silva
15h – 16H - Fala Aberta e Esclarecimentos
16h – 16h45 – Homenagens às Ìyálòrìsàs
Coordenação: Ebomi Lourdinha de Oyá
16h45 – 17h -Cantos da Umbanda e da Jurema Sagrada
17h - Encerramento


QUINTA FEIRA, 21 DE JULHO
8h30 - Orin Òrìsàs Òsùmàrè, Obalúaiyé, Nàná, Ewá e Ibeji.
9h00 – 9h30 – 3ª Mesa Redonda
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, TERREIROS E A Rio + 20
Expositora: Makota Valdina
Coordenadoras: Ekedy Sinha (Bahia) e Ìyálòrìsàs Tania de Òsum
9h45 - 10h45 - Fala Aberta das Participantes
10h45 – 11h – Intervalo para Café
11h - TROCA DE EXPERIÊNCIA ENTRE AS MULHERES DE TERREIRO DO NORDESTE
12h30 - Almoço
14h – 15h45 - TRABALHO DE GRUPO
16h – Intervalo para café
16h – 16h45 – Lançamento Marca do Ano Internacional dos Afrodescendentes
16h45 - Orin Òbá, Òsum, Logunedé
17h - Encerramento


SEXTA FEIRA, 22 DE JULHO
08h30 - ORIN Òrìsàs Yemoja, Oyà e Sángò
08h45 – INÍCIO PLENÁRIA DE SINTEMATIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE GRUPO
Coordenação: Ìyábassé Vera Baroni e Mãe Pequena Liliana da Silva
10h – Intervalo para café
10h15 – CONTINUAÇÃO PLENÁRIA DE SISTEMATIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE GRUPOS
12h30 - Almoço
14h – 16h - Articulação das Mulheres de Terreiro do Nordeste
16h – 16h30 - Leitura, Discussão e Aprovação do Documento Final do Encontro RECADO DAS MULHERES DE TERREIRO ÀS CONFERÊNCIAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS
16h30 - Orin Òrìnsalá, Abaricá e Olofin.
17h - ENCERRAMENTO

Local: Auditório do Centro Cultural Rossini Couto - Avenida Visconde de Suassuna 99 - Boa Vista - Recife- Pernambuco

Foto:google

FBO lança livro sobre Orçamento Público e Desigualdades

O Fórum Brasil do Orçamento (FBO) lança a publicação “Orçamento Público e Desigualdades: debatendo experiências e metodologias de monitoramento”. A obra é resultado do seminário realizado no ano de 2010 em Brasília (DF). A base do trabalho constata que os números do orçamento, analisados sob as perspectivas de gênero e raça, revelam a insuficiência das políticas e dos resultados públicos para responder ao desafio de superar as múltiplas formas de discriminação e exploração vividas pelas mulheres e pela população negra. Também mostram que para enfrentar o problema é fundamental que os orçamentos públicos sejam mais transparentes e justos.  

Fonte: FBO

Mortalidade materna é maior em mulheres negras

Correio da Paraíba - João Pessoa/PB

Índice de mortalidade materna em negras é 7,4 vezes maior
O índice de mortalidade materna em mulheres negras é 7,4 vezes maior do que em mulheres brancas, de acordo com pesquisa de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde o início do ano, um projeto realizado pelo ONG Bamidelê vem discutindo direito e saúde sexual e reprodutivo da mulher na Paraíba, com rodas de diálogos e cursos para tratar, entre outros assuntos, sobre morte materna. Nos próximos dias 9 e 10, no Hotel Xênius, será discutida a vulnerabilidade da mulher negra no sistema público de saúde.


O evento vai contar com a participação da educadora Cristina Nascimento(PE) e a professora da UFPB Socorro Borges, que vão abordar os temas Mortalidade Materna e aborto inseguro . De acordo com a coordenadora do projeto, Luana Natiele Basílio, participam do curso mulheres quilombolas, de terreiros,
articuladoras da juventude negra e do sindicato das domésticas.


O primeiro módulo do curso já foi iniciado com os temas Identidade Negra e Direito e Saúde Sexual e Reprodutivo da Mulher Negra. Infelizmente, como o curso propõe uma continuidade, não será aberto a outros participantes , explicou. A pesquisa divulgada pelo IBGE há três anos ratifica um dado divulgado em 2001 no Manual de Doenças Importantes por Razões Étnicas do Ministério da Saúde, que mostrava que o índice de morte materna em mulheres negras é de 275 para cada 100 mil mulheres, enquanto o índice em mulheres brancas é de 43.


Brasília, 05 de julho de 2011
Correio da Paraíba - João Pessoa/PB
Fonte: Ministério da Saúde  - Institucional

Foto: google

Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Com o objetivo de celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o evento Da Cor, Da Raça, Nação Mulher oferece gratuitamente ao público carioca entre os dias 21 e 25 de Julho, no Centro Cultural Ação da Cidadania(Av. Barão de Tefé,75 - Gamboa), grandes rodas de bate papo voltadas para o debate de questões atuais da população feminina e afro-descendente.



O evento ainda conta com várias atividades artísticas, culturais e gastronômicas.


CRONOGRAMA DAS PALESTRAS:
21/07 – 5ª Feira – 18h


TEMA: REPENSANDO O NEGRO OLHAR E A DIVERSIDADE


● Magali da Silva Almeida – Profª. Faculdade de Serviço Social/UERJ – Coordenadora do PROAFRO/UERJ


● Joilson Santana - Mestre em Ciências/FIOCRUZ com o tema “Racismos e Homofobia: dois elos de uma mesma corrente”


● Luane Bento - Bacharel em ciências Sociais/ UERJ com o tema “Etnomatemática e Penteados afros”


● Scheila Dias – Assistente social/UFRJ


● Allyne Andrade - Advogada/UERJ


“Feminismo Negro”



22/07 – 6ª Feira – 18h


TEMA: MULHER NEGRA: AS MINHAS, AS SUAS, AS NOSSAS HISTÓRIAS


CONVIDADOS:


● Gisele Gomes Carvalho - Ex-detenta e integrante do Projeto Empregabilidade do AfroReggae


● Claudia Miranda - Prof. Dra. UniRio


● Maria Amália - Consulesa de Angola


● Luanda S. Moraes – Profª. Dra. Ciências Tecnologia de Polímeros/IMA-UFRJ






23/07 – SÁBADO – 11h30


TEMA: SAÚDE - EU QUERO!


CONVIDADOS:


● Dra. Katleen Conceição - Dermatologista referência em pele negra


● Dra. Berenice Aguiar - Ginecologista e Obstetra


● Dra. Rogéria Cláudia - Gastroenterologista






24/07 – DOMINGO – 11h30


TEMA: EMPREENDORISMO: REFLEXÕES SOBRE GÊNERO E RAÇA


CONVIDADOS:


● Flávia Oliveira – Jornalista titular da coluna “Negócios e Cia” – O Globo / Comentarista do telejornal “Bom Dia Rio” / Voluntária do EDUCAFRO


● Glória Santos – Catadora / Pólo de Reciclagem de Jardim Gramacho


● Lia Vieira – Empresária / Pesquisadora/ Escritora / Doutoranda em Educação pela Universidade de La Habana – Cuba






25/07


CONVIDADA


Conceição Evaristo


Escritora/Profa./Dra.Literatura comparada UFF






Homenagem da Base Rio à Vó Maria


Desfile Afro Fashion



Contatos com Adriana Baptista


www.adrianabaptista.com


Produtora Rodas de Conversa Da Cor da Raça Nação Mulher

Foto: google
Fonte: Facebook