quinta-feira, 29 de abril de 2010

III Espelho Atlântico – Mostra de Cinema da Africa e da Diaspora



A III Espelho Atlântico - Mostra de Cinema da África e da Diáspora, com direção geral da cineasta Lilian Solá Santiago, traz pela terceira vez ao Rio de Janeiro sua primorosa seleção de filmes africanos e da diáspora negra.


De 11 a 16 de maio, com exibições simultâneas nas salas 1 e 2 da Caixa Cultural, a mostra proporcionará uma abordagem atual e significativa da produção cinematográfica africana contemporânea e da realizada fora do continente, mas que dialoga diretamente com a herança cultural do continente africano.


A III Espelho Atlântico é uma rara oportunidade de assistir a importantes títulos, alguns inéditos por aqui, capazes de provocar uma profunda reflexão sobre os pontos de identificação e convergência entre as identidades brasileira, africana e ocidental.

Local: CAIXA Cultural RJ – Cinemas 1 e 2 Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (ao lado da estação Carioca do metrô) Tel: 21 2544 4080 / 21 2544 4080

Temporada: de 11 a 16 de maio de 2010, sessões: a partir das 19h www.caixacultural.com.br

Porto Alegre lança documentário sobre Mestre Borel



Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre


O documentário Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre traz Walter Calixto Ferreira, o Mestre Borel falando sobre suas memórias e experiências em Porto Alegre e ao redor do Brasil, ligadas a um itinerário negro nas cidades. Discorrendo sobre os saberes e fazeres de que é detentor, das culturas de matriz africana brasileira, ele narra os conhecimentos religiosos, históricos, mitológicos e artísticos oriundos das tradições africanas que remontam ao convívio com seus antepassados.


Mestre Borel ainda nos brinda com relatos sobre os percursos boêmios na cidade de Porto Alegre, ligados ao mercado público, a uma sociabilidade masculina e ao samba.


A narrativa de Borel passa por sua formação na religião, sua formação como alabè, mas principalmente o destaca como um pesquisador e profundo conhecedor da cultura afro-brasileira, o qual tem se dedicado durante toda a sua vida.


Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre é um documentário rico e que já nasce histórico. Oriundo de uma relação de escuta e respeito entre equipe de gravação e o entrevistado, Mestre Borel brinda a todos com suas profundas reflexões sobre a grandeza da religião, sobre a espiritualidade, sobre a memória dos bairros "negros" da cidade de Porto Alegre, sobre a vida e sobre a morte.


O documentário é co-dirigido por Baba Diba de Iyemonja, Conselheiro da CEDRAB-RS - Congregação em Defesa das Religiões Afro Brasileiras-RS, Coordenador do núcleo-RS da Rede Nacional de Religiões Afro Brasileiras e Saúde, Diretor da Ong Africanamente Centro de Pesquisa, resgate e preservação de Tradições Afro descendentes, Babalorixa da Comunidade Terreira Ile Axé Iyemonja Omi Olodo.


E é realizado pela mesma equipe que produziu o documentário 'Os Caminhos Invisíveis do Negro em Porto Alegre: A Tradição do Bará do Mercado' agraciado com o Prêmio Manuel Diégues Júnior, pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) na categoria Importância do tema para área, em 2008, na 13ª Mostra do Filme Etnográfico, no Rio de Janeiro.


Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre tem financiamento da Prefeitura de Porto Alegre – Secretaria Municipal da Cultura – FUMPROARTE, produção da Ocuspocus Imagens.


Dia: 29 de abril, às 16h


Local: Auditório do Memorial do Rio Grande do Sul


Rua Sete de Setembro, 1020 - Praça da Alfândega - Porto Alegre


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Protesto contra a falta de medicamentos e pelo direito a vida



Portadores de HIV protestam e Ministério promete normalizar distribuição de medicamentos


Fonte: Agência Brasil


Portadores de HIV e representantes de organizações não governamentais (ONGs) realizaram na manhã desta quarta-feira (28) um ato público em defesa do acesso a medicamentos antirretrovirais fornecidos pelo governo federal em frente ao Ministério da Saúde (MS). A manifestação ocorreu também nas secretarias de Saúde de 18 Estados do país.


Desde dezembro, os portadores de HIV sofrem com a falta do medicamento Abacavir, além da redução do estoque de mais três remédios: o Lamivudina, Efavirenz e Zidorrudina. Em Brasília, os manifestantes foram recebidos pelo coordenador do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Bezerra, e pela secretária executiva do Ministério da Saúde, Ieda Diniz.


O aposentado Lucier Pereira, morador de Ceilândia, cidade do Distrito Federal a 26 quilômetros doe Brasília participou da manifestação. Usuário do Abacavir, ele precisou substituir o medicamento por outro, o Biovir. No entanto, o remédio contém em sua composição o AZT, substância a qual Lucier apresenta intolerância. "Além de não ter o mesmo resultado do Abacavir, sofro com efeitos colaterais como náuseas e vômito."


Entre os manifestantes estava também o cabeleireiro Alex Fabiano de Souza, dirigente do Grupo de Apoio a Portadores da Aids de Montes Claros (MG). "Minha ONG tem 15 crianças que sem os remédios podem morrer", disse.


A assessoria do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério informou que a entrega do Abacavir deve se normalizar na próxima semana. O medicamento importado chegou ontem (27) ao país, mas ainda precisa passar pela inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser redistribuído.


A falha na distribuição teria ocorrido porque o laboratório responsável pelo medicamento demorou a se adequar a algumas normas estabelecidas pela Anvisa. Após a adequação, o produto não pôde chegar ao Brasil devido à crise área na Europa.


Sobre o outros medicamentos de fabricação nacional, a assessoria explicou que a redução no estoque foi causada por atraso na fabricação. Com a necessidade de recorrer aos estoques de reserva, os centros de saúde estavam distribuindo medicamento para o uso durante dez dias, em vez de um mês. Por meio de nota, o ministério informou que a distribuição da produção entre os laboratórios nacionais já foi reprogramada para garantir o abastecimento regular da rede e a recomposição dos estoques.


Segundo a dirigente do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas com sede em Brasília, a psicóloga Regina Cohen, problemas na distribuição não são frequentes, mas preocupam muito os portadores de HIV. "Questionamos o que é que causa isso, se é má gestão ou falta de dinheiro. Será que no próximo governo esse programa vai continuar? Hoje somos dependentes desses medicamentos. Eles são nossa saúde e qualidade de vida.", ressaltou.

Participe da Marcha Nacional contra a Homofobia



1ª Marcha Nacional contra a Homofobia


No dia 19 de maio de 2010, será realizado o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e Contra a Homofobia, com concentração às 9 horas, no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília.


No Brasil, todos os dias, 20 milhões de brasileiras e brasileiros assumidamente lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais (LGBT) têm violados os seus direitos humanos, civis , econômicos, sociais e políticos.


A 1ª Marcha Nacional LGBT exige das autoridades Públicas Brasileiras:
- Garantia do Estado Laico (Estado em que não há nenhuma religião oficial, as manifestações religiosas são respeitadas, mas não devem interferir nas decisões governamentais);
- Combate ao Fundamentalismo Religioso;
- Cumprimento do Plano Nacional LGBT na sua totalidade, especialmente nas ações de Educação, Saúde, Segurança e Direitos Humanos, além de orçamentos e metas definidas para as ações;
- Aprovação imediata do PLC 122/2006 (Combate a toda discriminação, incluindo a homofobia);
- Decisão Favorável sobre União Estável entre casais homoafetivos, bem como a mudança de nome de pessoas transexuais

Foto: google

Valorizacao do sagrado na promoção da saude



DIÁLOGO INTERRELIGIOSO PARA A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS DE VALORIZAÇÃO DO SAGRADO NO CUIDADO E PROMOÇÃO DA SAÚDE


Data: 07 de maio de 2010


Local: Auditório do Instituto Municipal Nise da Silveira – Rua Ramiro Magalhães 521 – Engenho de Dentro - tel: 31117426 / 3111-7427
Horário: 8:30 às 17:00h


A Caravana do Axé - projeto realizado em parceria pela Superintendência de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e a Secretaria Municipal de Cultura - convida os profissionais de saúde e demais parceiros para um dia de integração sobre a visão do cuidado nas diversas religiões que estimule a reflexão sobre a importância do apoio espiritual no processo de cura e de promoção da saúde.


Programação
08:30 – 09:00h – Café com Axé

09:00 – 09:30h – Cântico de boas vindas e Abertura do evento
Secretário Municipal de Saúde
Superintendência de Promoção da Saúde
Superintendência de Atenção Básica
Superintendência dos Hospitais Gerais e Especializados
Coordenação da CAP 3.2

09:30 – 12:30h - Construindo Espaços Interreligiosos de Acolhimento e Cuidado
09:30 – 10:30h – Núcleo de Assistência Voluntária Espiritual – NAVE: Promoção do Cuidado Espiritual Interreligioso no INCA I – Dr José Adalberto F. liveira – Chefe da Divisão Cirúrgica e Coordenador do NAVE – Hospital do Câncer I


10:30 – 12:30h - Roda de Conversa I: A Valorização da Diversidade Religiosa na Arte do Cuidado - Moderador: José Marmo da Silva
Representantes das diversas tradições religiosas
A Visão do Cuidado na Religião Católica
A Visão do Cuidado nas Religiões de Matrizes Africanas
A Visão do Cuidado na Religião Protestante
A Visão do Cuidado na Religião Judaica
A Visão do Cuidado na Religião Budista
A Visão do Cuidado na Religião Messiânica

12:30 – 13:30h - Almoço

13:30 – 14:30hApresentação do projeto "Caravana do Axé: Terreiros de Portas Abertas para a Promoção da Saúde"
Louise Silva – Coordenadora de Educação em Saúde / SPS/SUBPAV/SMSDC/RJ
José Marmo da Silva – Coordenador da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

14:30 – 16:30hRoda de Conversa II: Terreiros: O Saber da Tradição na Promoção da Saúde – Moderador: José Marmo
Mãe Tânia de Iemanjá
Mãe Nilce de Yansã
Mãe Torody de Ogum
Pai Celso de Omulu

16:30h – Cânticos de Encerramento

domingo, 25 de abril de 2010

Natal realizou audiência publica sobre intolerância religiosa












AUDIÊNCIA PÚBLICA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM NATAL

Tendo como base a liberdade religiosa garantida em nossa Constituição, foi realizada no dia 09 de abril de 2010, a Audiência Pública Intolerância Religiosa Afro-ameríndia. pela Câmara Municipal de Natal. Essa iniciativa da vereadora Sargento Regina, aconteceu na Fundação Cultural Capitania das Artes – FUNCARTE, pela primeira vez fora da plenária da Câmara.

A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde esteve representada por seu secretário-executivo, Ogan Marmo de Oxossi e da Ialorixá Lúcia de Oxum, coordenadora do Núcleo João Pessoa da Rede.

A audiência faz parte das lutas em prol dos direitos das religiões afro-ameríndias de Natal, realizadas pela Federação de Umbanda e Candomblé de Natal – FEUCRN que tem como atual presidente, a Ekédi Nira, também coordenadora do Núcleo Natal da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

Conheça as recomendações da Audiência Pública sobre Intolerância Religiosa realizada pela Câmara Municipal de Natal:

- Monitoramento da legislação garantindo que as atividades religiosas realizadas pelos terreiros não tenham prejuízos ou sejam suspensas,

- Elaboração de material informativo mostrando como proceder nos casos de intolerância religiosa e garantir o direito ao exercício e prática das religiões

- Realização de oficinas e treinamentos sobre os procedimentos em caso de intolerância religiosa tendo como público os agentes de segurança pública, em especial policiais e delegados, atores do Ministério Público e Defensoria Pública

- Realização de oficinas para o povo de santo sobre seus direitos e deveres

- Realização de campanhas educativas governamentais em parceria com as lideranças religiosas informando que racismo e intolerância religiosa é crime

- Incorporar o tema impactos do racismo e da intolerância religiosa nos processos de formação nas diversas áreas de conhecimento como educação, saúde, cultura, etc.

- Monitoramento da mídia, em especial os programas de televisão que desqualificam as religiões de matrizes africanas e ameríndias, lembrando que canal de televisão é uma concessão do governo,

- Inclusão do povo de terreiro nos programas e ações do governo

- Realização de encontros de pesquisadores e povo de terreiro com o objetivo de apresentar os resultados das pesquisas realizadas nos terreiro, assim como o fomento à pesquisas que possam auxiliar o povo de terreiro a proposição e acesso as políticas públicas

- Estabelecimento de parceria entre as lideranças de terreiros e as Comissões de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores com a finalidade de realizar programas e projetos educativos que valorizem as religiões de afro-ameríndias e a garantia dos seus direitos.

Fotos: arquivo da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

terça-feira, 20 de abril de 2010

Brasil está na lista dos 22 países que concentram maior número de casos de tuberculose do mundo



Tuberculose cai, mas país ainda está entre os piores do mundo


O Brasil caiu da 18ª para a 19ª posição no ranking de países com mais casos de tuberculose, mostram dados divulgados ontem (24) pelo Ministério da Saúde. Ainda assim, o país registrou 70.989 casos em 2008, dado mais recente. Apesar de alto, o número é menor do que os 72.140 casos registrados no ano anterior.


A expectativa é que daqui a três ou quatro anos o Brasil saia da lista das 22 nações que concentram o maior número de casos do mundo, segundo afirmou Dráurio Barreira, coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose.


Ela atualmente é liderada pela Índia. O Brasil é o único representante da América do Sul. O Ministério da Saúde comemorou também a diminuição da mortalidade pela doença.
Foram 4.735 em 2008 contra 4.823 em 2007.


Uma das razões apontadas pela pasta foi a adoção de um novo esquema terapêutico em 2009, que colocou quatro drogas em um único comprimido.


O novo esquema, por enquanto, está em seis Estados (Bahia, Paraná, Rondônia, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe). Minas Gerais deve começar a receber em breve. No Brasil, 73% dos novos casos são curados, enquanto o patamar recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é de pelo menos 85%.


A situação ainda é muito preocupante, a mortalidade é muito alta e temos alto índice de abandono de tratamento.Esses pacientes continuam transmitindo a doença", diz Virgílio Tonietto, pneumologista da PUC-RS.


O abandono é um dos maiores obstáculos ao enfrentamento da tuberculose, de acordo com Barreira. Como o tratamento é longo e o efeito da medicação aparece rápido, pacientes tendem a parar de tomar os remédios, e a doença fica mais agressiva.


Outra dificuldade é o monitoramento dos pacientes. A OMS recomenda que eles sejam acompanhados durante os seis primeiros meses. O quadro melhorou, mas, ainda assim, hoje apenas 43% dos novos casos são acompanhados. A doença afeta principalmente indígenas, presidiários e pessoas com HIV.


Entre os Estados, a maior incidência está no Rio de Janeiro. Ontem (24), começou a ser veiculada em rádios e televisões uma campanha publicitária para ensinar a identificar os sintomas da tuberculose.


Arquivo: Folha On line

1º Simpósio Nacional de Saúde da População Negra e HIV/AIDS


A Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas(UNICAMP), em parceria com o Núcleo de Estudos de População - NEPO/UNICAMP, com o Serviço Social DST/AIDS do Hospital de Clínicas e o Fórum DST e AIDS da UNICAMP, promoverão nos dias 20 e 21 de Maio de 2010, o 1º Simpósio Nacional de Saúde da População Negra e HIV/AIDS no Centro de Convenções da UNICAMP, Campinas,SP.

Trata-se de um evento com a finalidade de divulgar e debater os resultados das pesquisas dos projetos aprovados pelo Edital do Programa Nacional DST/AIDS do Ministério da Saúde e UNESCO com o tema População Negra e HIV/AIDS.

O Seminário tem como objetivo: divulgar e debater os resultados das pesquisas sobre população negra e HIV/AIDS dos 17 projetos aprovados pelo Edital do Programa Nacional, debater as iniqüidades em saúde da população negra em relação à prevenção e tratamento de HIV/AIDS, ampliar debate sobre o assunto junto aos serviços públicos de saúde e movimentos sociais.

O público ao qual será destinado em âmbito nacional serão: Secretarias de Saúde, Serviços Públicos de Saúde, CTA's, COAS, Programas Estaduais DST/AIDS, Programas Municipais DST/AIDS, Movimentos Sociais, Universidades, Sindicatos, entre outros.

Informações e inscrições acesse: http://www.fcm.unicamp.br/simposio/sspn

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cartilha sobre Aids e Populaçao Negra é lançada em São Paulo


Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo lança cartilha sobre a experiência no atendimento a pessoas de diferentes etnias e raças

A Coordenação Estadual DST/Aids de São Paulo lançou recentemente a cartilha 'Perguntar não ofende: Qual é a sua cor ou raça/etnia? Responder ajuda a prevenir". A publicação relata a experiência do Programa Estadual DST/Aids (PE) de inclusão do quesito raça/cor nos serviços especializados na atenção aos portadores do vírus e da doença.

"A partir deste projeto começamos a discutir com os gestores do SUS (Sistema Único de Saúde) de São Paulo a necessidade de traçar práticas de inclusão social e de resgate da cidadania para a população negra, assim como discutir o impacto das desigualdades raciais na saúde", disse a coordenadora do PE, Maria Clara Gianna.

Além de visibilizar a vulnerabilidade da população negra, o projeto também desenvolveu uma metodologia para formar os profissionais na coleta do quesito raça/cor. Paulatinamente, originou-se uma rede de profissionais de saúde das regionais e municípios que levou a criação do Grupo de Trabalho Aids e População Negra, vinculado ao Comitê Técnico Saúde da População Negra do Estado de São Paulo.

Com base nestas experiências, o PE elaborou esta publicação que coloca em pauta a temática da cor, raça/etnia, preconceito e discriminação e pretende embasar essa discussão em várias esferas governamentais e não governamentais, levando os serviços de saúde a realizar um atendimento que considere as particularidades étnico/raciais dos diversos segmentos populacionais, particularmente das populações negras e indígenas.

Um manual para auxiliar os profissionais da área da saúde na abordagem dos usuários dos serviços quanto ao quesito raça/cor. acompanha a cartilha. Os materiais serão enviados para as Direções Regionais de Saúde e Programas Municipais de DST/Aids do estado até o final deste mês. As cartilhas estão disponíveis no site
www.crt.saude.sp.gov.br em versão PDF.

Fonte: Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids - SP

domingo, 18 de abril de 2010

CONASEMS realiza congresso em Gramado



XXVI CONGRESSO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE

O encontro será realizado em Gramado (RS), de 25 a 28 de maio próximo. Os interessados já podem se inscrever a partir deste sábado, 13. É importante lembrar que as inscrições serão feitas apenas pela Internet, na página do Conasems e ao contrário de anos anteriores, qualquer participante poderá se inscrever nos cursos.

Veja parte da programação:
DIA 25 DE MAIO DE 2010
Abertura Oficial

MESAS
DIA 26 DE MAIO
9h às 13h

- O Papel do Setor Saúde na Construção do Sistema Universal de Seguridade Social
15h às 18h
- Modelo de Gestão: Dilemas da Gestão Contemporânea

DIA 27 DE MAIO
09h às 13h

- Mesa Cultura de Paz e Combate a Violência, álcool e drogas
15h às 18h
- Desafios e Avanços do Modelo de Atenção

DIA 28 DE MAIO
09h às 13hs
- Café com Idéias
- Lançamento de Publicações
15h às 18h
- Saúde e Meio Ambiente
- PLENÁRIA FINAL

Mais informações no site www.conasems.org.br

Homens, Masculinidades e Políticas Públicas

VI Seminario Nacional "Homens e masculinidades: práticas de intimidade e políticas públicas"
Recife, 1 a 4 de setembro de 2010


Organização: Instituto PAPAI, Núcleo Gema/UFPE, Promundo, Núcleo Margens/UFSC


Apoio: Fundação Ford, Ministério da Saúde/Área Técnica de Saúde do Homem
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres


WWW.papai.org.br/masculinidades201o/informativo

Seminário no Rio de Janeiro discute políticas públicas para as mulheres lésbicas e bissexuais

SEMINÁRIO ESTADUAL DE LÉSBICAS E MULHERES BISSEXUAIS

A Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos em parceria com o Fórum de Lésbicas e Mulheres Bissexuais do Estado do Rio de Janeiro convidam para o Seminário Estadual de Lésbicas e Mulheres Bissexuais que será realizado nos dias 30 de abril e 1º de maio de 2010, no Hotel Golden Park, com o tema "Unindo Esforços, Ampliando Conquistas: Políticas Públicas para Lésbicas e Mulheres Bissexuais".


Com o objetivo de construir políticas públicas voltadas às Lésbicas e Mulheres Bissexuais o Seminário discutirá os seguintes eixos temáticos: I – Segurança Pública, Polícias e Sistema Penitenciário;II – Direitos, Justiça e Legislação; III – Educação, Informação e Pesquisa; IV – Proteção Integral à Saúde e Meio Ambiente; V – Assistência Social, Trabalho e Renda; VI – Cultura, Turismo, Esporte e Lazer.


O público alvo deste seminário são lésbicas e mulheres bissexuais, bem como gestoras e gestores públicos do Estado do Rio de Janeiro, e todas as pessoas interessadas no tema.


As vagas são limitadas às 80 primeiras inscrições e informações poderão ser obtidas pelo email seminariolesbicas.rj@gmail.com.

Foto: Google

terça-feira, 6 de abril de 2010

População Negra e Saúde Mental: um grande desafio



O imaginário social e as representações do negro em nossa sociedade dificulta e exclui grande parcela da comunidade negra em relação ao acesso e tratamento adequado no Sistema Único de Saúde. O racismo produz forte impacto na saúde mental e tem sido um dos fatores que contribui para a negação dos direitos humanos à saúde de grande parcela da população.


A Politica Nacional de Saúde Mental parece distante de atender as demandas e as necessidades da população negra. Por conta disso temos que fazer ouvir nossas vozes nos espaços de decisão e de controle social. Participar das etapas das Conferências Municipais e Estaduais de Saúde Mental deve ser uma das prioridades da agenda de compromissos da população negra.


A IV Conferência Nacional de Saúde Mental será realizada entre os dias 27 e 30 de junho, em Brasília e deverá ser antecedida por etapas municipais e/ou regionais (de 08 de março a 15 de abril) e etapas estaduais (de 26 de abril a 23 de maio). A não realização da etapa municipal e/ou regional ou estadual não inviabilizará a etapa nacional.


O tema principal da Conferência será "Saúde Mental direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios" e discutido a partir de três eixos temáticos:
I - Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais;
II - Consolidando a rede de atenção psicossocial e fortalecendo os movimentos sociais;
III – Direitos humanos e cidadania como desafio ético e intersetorial.


Entre os objetivos da Conferência está a promoção do debate da saúde mental com os diversos setores da sociedade no atual cenário da Reforma Psiquiátrica, que indica novos desafios para a melhoria do cuidado em saúde mental no território, devendo contemplar o desenvolvimento de ações intersetoriais.
Os participantes serão divididos entre 1200 delegados (com direito a voz e voto), observadores (10% da delegação de cada Estado, sem direito a voz e voto) e convidados (palestrantes, painelistas, representantes nacionais e internacionais indicados pela comissão organizadora com direito a voz).

Foto: Marmo

domingo, 4 de abril de 2010

Mapa da Violência traz informações importantes para pensar políticas públicas


RISCO DE JOVEM NEGRO SER MORTO É MAIOR, REVELA MAPA DA VIOLÊNCIA

O risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no País é 130% maior que o de um jovem branco, segundo o Mapa da Violência - Anatomia dos Homicídios no Brasil, estudo que compreende o período de 1997 a 2007 e que está sendo divulgado, em São Paulo, pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Subsistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde.

A desigualdade entre as duas populações, que já era expressiva, aumentou de forma assustadora em cinco anos. Em 2002, morria 1,7 negro entre 15 a 24 anos para cada jovem branco da mesma faixa etária. Em 2007, essa proporção saltou para 2,6 para 1.

O abismo entre os índices de homicídio é resultado de duas tendências opostas. Nos últimos cinco anos, o número de mortes por assassinato entre a população jovem branca apresentou uma redução significativa: 31,6%. Entre negros, o movimento na direção contrária, um aumento de 5,3% das mortes no período. "Brancos foram os principais beneficiados pelas ações realizadas de combate à violência. Temos uma grave anomalia que precisa ser reparada", diz Julio Jacobo, autor do estudo.

O trabalho revela que em alguns Estados as diferenças de risco entre as populações são ainda mais acentuadas. Na Paraíba, por exemplo, o número de vítimas de homicídio entre negros é 12 vezes maior do que o de brancos. Em 2007, a cada cem mil brancos eram registrados 2,5 assassinatos. Entre a população negra, no mesmo ano, os índices foram de 31,9 homicídios para cada cem mil. "As diferenças sempre foram históricas no Estado.

Mas as mudanças nesses últimos cinco anos foram muito violentas", avalia Jacobo. Paraíba seguiu a tendência nacional: foi registrada a redução do número de vítimas entre brancos e um aumento do número de assassinatos entre negros. Pernambuco vem em segundo lugar: ali morrem 826,4% mais negros do que brancos. Rio de Janeiro ocupa a 13ª posição, com porcentual de mortes entre negros 138,7% maior do que entre brancos. São Paulo vem em 21º lugar, onde morrem 47% mais negros do que brancos. O Paraná é o único Estado do País onde a população branca apresenta maior risco de ser vítima de homicídio - proporcionalmente morrem 36,8% mais brancos do que negros.

População masculina
A esmagadora maioria dos assassinatos no País ocorre entre a população masculina. Em 2007, 92,1% dos homicídios foram cometidos contra homens. Na população de jovens, essa proporção foi ainda maior: 93,9%. O Espírito Santo foi o Estado que apresentou maior taxa de homicídios entre mulheres: 10,3 por cem mil, seguida de Roraima, com 9,6. O Maranhão foi o Estado com o menor indicador. Foram registradas 1,9 morte a cada cem mil mulheres.

O estudo conclui ainda que não é a pobreza absoluta, mas as grandes diferenças de renda que forçam para cima os índices de homicídio no Brasil. O trabalho fez uma comparação entre índices de violência de vários países com indicadores de desenvolvimento humano e de concentração de renda. "Claro que as dificuldades econômicas contam. Mas o principal são os contrastes, a pobreza convivendo com a riqueza", afirma pesquisador e sociólogo Julio Jacobo do Instituto Sangari.

Foto: google

As Nações Unidas e as Políticas de Redução de Desigualdade Racial

A missão das Nações Unidas e a redução das desigualdades
O Brasil é um ativo membro da Organização das Nações Unidas desde 1945, ano em que foi criada a organização, com o objetivo de facilitar a cooperação em direito e segurança internacional, desenvolvimento econômico e social, direitos humanos e paz mundial. Dentro deste marco, a ONU tem como missão central apoiar os Estados-membros no combate às diversas formas de desigualdade.
No Brasil, um dos objetivos principais do UNDAF – Marco Geral de Assistência das Nações Unidas para o Desenvolvimento - é o combate às desigualdades. O UNDAF estabelece cinco metas de desenvolvimento, sendo uma delas a redução das desigualdades de gênero, raça e etnia. As metas são:
Populações excluídas e vulneráveis com direito a serviços públicos assegurado.
Desigualdades de gênero e raça/etnia reduzidas, considerando o impacto de heterogeneidades territoriais.
Violência reduzida, promovendo a paz, a conciliação e a justiça.
Políticas e gestão públicas eficazes, transparentes e participativas asseguradas, como mecanismos de promoção e exigibilidade dos direitos.
Uso eficiente dos recursos disponíveis garantido para a promoção do desenvolvimento econômico eqüitativo e ambientalmente sustentável.


Contexto das desigualdades no Brasil
Apesar dos importantes avanços obtidos em todos os setores do desenvolvimento, persistem no Brasil desigualdades raciais, étnicas e de gênero.
No decorrer das quatro últimas décadas, o Brasil tornou-se uma das maiores economias do mundo. Com o crescimento econômico caiu o analfabetismo, a população tornou-se predominantemente urbana e o sistema de ensino superior passou por uma grande expansão. De forma geral, as desigualdades diminuíram, como resultado de novas políticas salariais e da criação de políticas universais de transferência de renda, aliadas à expansão industrial do país. Apesar desses avanços, as disparidades raciais persistem e em alguns aspectos aumentam.
A expansão do ensino superior – o verdadeiro motor do crescimento econômico e da igualdade social – durante o período, contudo, ao beneficiar desproporcionalmente a população branca, produziu um crescente hiato no acesso à educação, especialmente no nível universitário.
A persistência das desigualdades de raça, etnia e gênero, especialmente no tocante ao ensino superior e, conseqüentemente, ao acesso às melhores posições e salários do mercado de trabalho, impede a plena realização da democracia e o progresso do país em direção aos seus objetivos de desenvolvimento. Com quase metade da sua população com restrições de acesso à oportunidades equitativas para a ampliação de suas potencialidades, todo o processo de desenvolvimento do País fica prejudicado.

Foto: André Cipriano