Estudos do Ministério da Saúde constatou que as doenças do coração, como o infarto, e o acidente vascular cerebral (AVC), são a principal causa de morte no Brasil. Essas doenças mataram cerca de 300 mil pessoas em 2006, quase 30% do total de óbitos registrados. Entre 1990 e 2006, houve queda de 20,5% no número de mortes de doenças do coração e AVC no país. No mundo, elas também são as principais causadoras de morte. Em 2005, foram responsáveis por 30% dos óbitos em todo o planeta - o que significa a morte de 17,4 milhões de pessoas por ano.
Hoje sabemos que a hipertensão arterial específica da gestação (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) são as causas mais frequentes de morte materna em todo o país, sobretudo entre as mulheres negras. No que diz respeito aos homens negros, a hipertensão arterial pode provocar a insuficiência renal, necessitando dos serviços de diálise, ou acidente vascular cerebral. Alguns pesquisadores lembram que os homens negros são os maiores candidatos a transplantes renais.
Situações como estas podem indicar dificuldades de acesso aos serviços de saúde, diagnóstico tardio, baixa qualidade da atenção oferecida, ausência de tratamento, inadequação ou ineficiência. O descuido e a desatenção com a saúde da população negra tem muito a ver com o imaginário construído ao longo dos anos sobre esse segmento da população, tendo o racismo como fator determinante para a exclusão e a não garantia de direitos.
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra aponta alguns caminhos para mudanças desse quadro, como: - Enfrentar o racismo e sua presença no SUS: por meio de formação e treinamento de todas as pessoas que trabalham na saúde. - Dar atenção à prevenção e ao tratamento dos problemas de saúde que mais atingem a população negra: por meio da reorganização dos serviços, da formação, educação permanente e qualificação de profissionais, da disponibilização de equipamentos, exames, medicamentos e tudo o que for necessário.
Foto: google
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